No último dia do Capítulo da Província Santa Cruz (21/10/2024) os frades capitulares iniciaram os trabalhos com o café da manhã. Em seguida, ocorreu a celebração eucarística na capela do Seminário Santo Antônio, que foi presidida pelo Vigário Provincial Frei Vicente Ronaldo da Silva. A homilia foi feita por Frei Alexsandro Rufino da Silva.

Durante a celebração os frades jubilandos que estavam presentes foram homenageados:

Frei João Bosco Resende da Silva – 40 anos de Ingresso na Ordem.

Frei Vicente Paulo do Nascimento – 30 anos de Ingresso na Ordem.

Dom Frei Hugo Maria van Steekelenburg – 60 anos de Ordenação Presbiteral e 25 anos de Ordenação Episcopal.

Os frades fizeram a renovação dos seus votos religiosos e o Ministro Provincial Frei Vicente Paulo do Nascimento acolheu a renovação e os abençoou.

Após a celebração eucarística, os frades capitulares retornaram à sala capitular para as avaliações do Capítulo.

O capítulo encerrou com um almoço festivo.

Além destes frades, celebram também seus jubileus:

Frei Joel Postma – 75 anos de Ingresso na Ordem.

Frei Lourenço Tollenaar – 70 anos de Ingresso na Ordem.

Frei José da Cruz Kokkelkoren – 60 anos de Ordenação Presbiteral.

Frei Antônio Teófilo da Silva – 40 anos de Ordenação Presbiteral.

Homilia: Frei Alexsandro Rufino da Silva

Irmãos,

“Deus é rico em misericórdia: Ele nos deu a vida em Cristo!”, afirma Paulo Apóstolo.

Isto nos interpela a testemunharmos diariamente, com compaixão e benevolência, o amor cristão, que é inclusivo e caracteriza o povo da nova aliança, em nossas relações fraternas, com as demais pessoas e com o meio ambiente. É o Senhor ressuscitado que nos conduz. É Ele que nos chama a “fazer misericórdia” na atualidade, ou seja: a reconhecer o outro como pessoa, a olhar a pessoa na sua dignidade, a tecer relações fraternas saudáveis e sadias entre nós e com as demais pessoas. Além disso: fazer misericórdia também significa ouvir o grito da terra e de seus filhos nesse período histórico de emergência climática e que tanto nos provoca. Como franciscanos, mineiros e geraizeiros, em que podemos contribuir. Essa causa?

“A vida de um homem não consiste na abundância de bens” – diz o evangelista Lucas.

O seguidor de Cristo – e de Francisco – não deve se apegar aos bens, como se deles dependesse o sentido da vida. Ao contrário, deve depender total e integralmente de Deus e administrar o que a providência vos confiar, vivendo e partilhando a condição dos mais pobres.

Aquele homem do Evangelho (Parábola do Rico Insensato) é possessivo, fechado em si mesmo, desprovido de generosidade e de relacionamentos. Não entendeu que o “homem não vive só de pão” e que somos ricos naquilo que doamos e recebemos. Afinal, generosidade é dar mais do que você pode.

A conclusão da parábola do Rico Insensato é uma advertência que revela o horizonte para o qual todos somos chamados a olhar. Os bens materiais são necessários – são bens! – mas consistem num meio para viver honestamente e partilhar com os mais necessitados. Hoje Jesus nos convida a considerar que “as riquezas podem aprisionar o coração e desviá-lo do verdadeiro tesouro que está no céu”, diz o Papa Francisco.

Rendemos graças a Deus pela celebração deste nosso capítulo provincial. Pelos irmãos que o prepararam e dinamizaram. Deus seja louvado!

Rendemos graças pelo discernimento de nossas prioridades: processo formativo, vida fraterna, missão e evangelização e compromisso com a minoridade. A cada intervenção dos confrades no plenário e nos grupos de estudo se percebeu o amor ao evangelho e ao carisma franciscano, a paixão que nos impele a sonhar com o novo tempo em nossa caminhada, recordando que a felicidade é encontrada na travessia, cultivando a confiança, a corresponsabilidade e a coesão.

Rendemos graças a Deus pelos confrades jubilandos, por suas histórias e testemunhos que edificaram nossa província e o santo povo de Deus. E nos animam a viver com alegria e satisfação à vida fraterna

Que o Divino Espírito nos conduza e nos auxilie na construção de formas sempre novas de apresentar nosso estilo de vida às pessoas do nosso tempo, inclusive suscitando vocacionados, pois queremos ter a graça de merecer irmãos.