Café Preto

Café Preto

O Café Preto foi mais do que um evento, foi uma verdadeira celebração da identidade negra, da luta e da união de todos e todas que buscam, diariamente, um mundo mais justo e igualitário.

Feliciano José Kissua

Em alusão ao Dia da Consciência Negra, data que celebra a figura do líder Zumbi dos Palmares, a Educafro Minas realizou, no dia 22/11, a 3ª edição do Café Preto. O evento, realizado no Espaço Cultural, teve como objetivo reunir entidades negras em um momento de celebração, fraternização e aquilombamento. Contou com a participação de professores voluntários, coordenadores e coordenadoras dos núcleos, alunos e colaboradores da Educafro Minas.

Destacamos a presença dos frades franciscanos da Província Santa Cruz, que colaboram com os núcleos na região metropolitana de Belo Horizonte. Também esteve presente o promotor de Justiça e coordenador da Coordenadoria de Combate ao Racismo e Todas as Outras Formas de Discriminação (CCRAD), Dr. Allender Barreto Lima da Silva, que ressaltou a importância dos esforços em andamento para combater todas as formas de discriminação e apoiar projetos voltados à igualdade racial. Dr. Allender reafirmou seu compromisso com o avanço das ações para o enfrentamento do racismo.

O evento foi também um espaço para a valorização da cultura negra, com a presença de diversos empreendedores e empreendedoras, que aproveitaram a ocasião para expor e divulgar seus trabalhos. O encontro contou ainda com apresentações culturais, como a do grupo Odum Orixás, com sua exibição de dança e ritmo afro, e a performance das Afros Líricas, que emocionaram a todos. A noite foi encerrada com uma apresentação musical do grupo Vozes Negras, que encantou o público com sua energia e talento.

O evento começou às 18h, com o Frei Carlos Alexandre dando as boas-vindas aos presentes e ressaltando a importância de se reunir em um momento como este. Ele destacou a relevância do encontro para a reflexão sobre as lutas, conquistas e desafios da população negra, especialmente diante das adversidades enfrentadas no cotidiano. “Estarmos juntos, compartilhando nossas histórias, nossas alegrias e nossos desafios, é algo significativo. Nem sempre temos a oportunidade de estar entre os nossos, refletindo sobre o que vivemos e pensando nas nossas próximas ações”, afirmou Frei Carlos Alexandre.

O Café Preto foi, assim, mais do que um evento; foi uma verdadeira celebração da identidade negra, da luta e da união de todos e todas que buscam, diariamente, um mundo mais justo e igualitário.

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