Retiro anual dos frades das fraternidades Santo Antônio, de Divinópolis e Beato Duns Scotus, de Belo Horizonte

Retiro anual dos frades das fraternidades Santo Antônio, de Divinópolis e Beato Duns Scotus, de Belo Horizonte

A inspiração que norteou os dias de recolhimento foi o tema: “Francisco e Clara, um apelo à conversão.”

Frei Isaque Santos de Sá, OFM

Entre os dias 07 e 11 de agosto, no Seminário Seráfico Santo Antônio, em Santos Dumont – MG, realizou-se o retiro anual dos frades das fraternidades Santo Antônio de Divinópolis – MG e Beato Duns Scotus de Belo Horizonte – MG. Foram dias marcados por silêncio, reflexão, oração e convivência fraterna, propícios ao aprofundamento da vocação e à renovação do compromisso com o Evangelho e com a missão franciscana no mundo.

Em consonância com as orientações do nosso último Capítulo Provincial, o retiro teve como propósito ajudar os frades a voltarem o olhar para a realidade atual — complexa, desafiadora e, muitas vezes, fragmentada — de modo transversal, à luz da proposta da Economia de Francisco e Clara, assim como da espiritualidade franciscana, ambas profundamente necessárias para os tempos que vivemos.

A inspiração que norteou os dias de recolhimento foi o tema: “Francisco e Clara, um apelo à conversão.” Este tema nos impulsionou a revisitar as raízes do nosso carisma e nos chamou à responsabilidade profética de testemunhar, com autenticidade, a esperança cristã em meio aos clamores do nosso tempo.

Para nos ajudar nessa jornada interior e comunitária, contamos com a assessoria da teóloga Tânia Mayer. Com seu engajamento pastoral e evangelizador, Tânia conduziu com sensibilidade e profundidade os momentos de reflexão, propondo um itinerário de verdadeira escuta interior e conversão pessoal. Suas palavras tocaram tanto o íntimo da vocação individual de cada frade quanto o chamado coletivo que nos interpela a olhar para os sinais do Reino em meio à sociedade atual. Não se tratou apenas de um momento de introspecção espiritual, mas também de abertura à realidade social e eclesial que nos cerca. Por isso, fomos convidados a pensar nossa vida religiosa a partir da espiritualidade franciscana, que se manifesta no cuidado com os pobres e com a criação.

Os dias de retiro foram, portanto, um tempo privilegiado de descanso e renovação espiritual. A convivência fraterna, os momentos celebrativos, a oração pessoal e comunitária, assim como os espaços de partilha e silêncio, favoreceu uma escuta mais atenta à ação do Espírito em nossas vidas. Essas experiências reafirmaram, com profundidade, o nosso compromisso enquanto religiosos consagrados: olhar com atenção para os desafios do mundo contemporâneo, discernir com sabedoria os sinais de Deus na história e trilhar, com coragem, um verdadeiro caminho de conversão à luz dos ensinamentos de Francisco e Clara de Assis. Voltamos às nossas fraternidades, nutridos pela graça vivida nestes dias, animados pela fraternidade partilhada e impulsionados pelo desejo de seguir construindo, com simplicidade e ousadia evangélica, os caminhos do Reino.

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