Esse dia foi dedicado às apresentações dos relatórios do Secretariado de Formação e Estudos, MIssão e Evangelização e Administração.
No quarto dia do Capítulo da Província Santa Cruz (17/10/2024) os frades capitulares iniciaram os trabalhos do dia com a celebração eucarística na capela do Seminário Santo Antônio. A celebração foi presidida por Frei Wander de Oliveira Souza, concelebrada por Frei Francisco do Carmo de Carvalho, tendo como diácono Frei Higor Ferreira de Oliveira, que fez a homilia.
Em seguida, os capitulares direcionaram-se para o café da manhã e, posteriormente, retornaram à sala capitular. O moderador do dia, Frei José Aguinaldo Querobino, acolheu a todos e informou que iniciariam a plenária decorrente dos dois relatórios apresentados no dia anterior e, posteriormente a apresentação dos relatórios dos secretariados.
A parte da manhã encerrou com o almoço.
A parte da tarde iniciou com a Hora Média, presidida por Frei Erotides Antônio de Melo. Em seguida os capitulares retornaram à sala capitular e retomaram as apresentações dos relatórios, que encerraram no final da tarde.
Homilia: Frei Higor Ferreira de Oliveira
Sejamos nós testemunhas autênticas do reino de Jesus.
O evangelho que ouvimos na liturgia de hoje, trata-se da questão da falta de reverência aos profetas, e a falta de comprometimento com a sabedoria. O “aí” de vós que mata os profetas e aprisionam a ciência ou sabedoria nos conduz a um tema essencial em nossas vidas que é o testemunho. O testemunho é o modo concreto pelo qual nos abri a autêntica sabedoria divina, somos abrasados pela profecia. Estas três palavras: profecia, sabedoria e testemunho nos levam a uma compreensão autêntica da nossa experiência de fé no Cristo Jesus. Como ouvimos na primeira leitura, Deus derramou profusamente sobre nós toda sabedoria e prudência, de modo que pudéssemos conhecer sua vontade, ou seja, ser testemunhas da sua benevolência. Pela sabedoria que nos foi dada podemos acessar toda a ciência de Deus e sermos testemunhas da sua graça multiforme, que nos conduz, a uma prática profética.
A sociedade atual exige de nós coerência em nossa ação evangelizadora. Somos tentados, seduzidos e abordados a todo tempo em vivermos às margens de uma espiritualidade que não leva em conta a sabedoria. Ou sejai, podemos dizer, em reverência a nossa ancestralidade, herdada dos nossos pais e mães da fé, somos chamados a uma profecia que se traduz muitas vezes em moralismos, amarguras e ameaças. Vemos a todo instante modelos de testemunhos e testemunhas da ortodoxia dos anos 1.500 muito mais apegado a roupas e rendas do que propriamente a palavra de Deus.
Meus irmãos e irmãs, não podemos deixar cair a autenticidade do nosso testemunho a respeito do reino de Deus. É preciso, como Francisco de Assis, fazermos valer o testemunho de dentro para fora, como irmãos menores que vivem uma vida de minoridade. De fato, quando já estivermos inteiramente inebriados do Cristo, derramados de graças, poderemos cantar como o salmista, fazendo-nos conhecer seu poder salvador. Meus irmãos, não nos fechemos à sabedoria de Deus, que sejamos coerentes em nosso testemunho de vida e autênticas testemunhas do Reino de Jesus, nos abrindo a todos e a todas e não nos fechando, a exemplo dos fariseus. Desse modo, poderemos dizer bendito seja Deus, pai de Jesus que nos fez testemunhas autênticas do seu reino!
Ao Mestre Jesus, sabedoria do Pai, a honra e a glória para sempre! Amém!
Siga nossas redes sociais:
@sme_psc
@vocacaofranciscanaofm