Colaboradores participam de oficina sobre Comunicação Não-Violenta

Colaboradores participam de oficina sobre Comunicação Não-Violenta

Evento promovido pelo Secretariado de Administração contou com dinâmicas e reflexões para promover uma comunicação mais empática e fraterna no ambiente de trabalho.

Frei Laércio Jorge de Oliveira, OFM

Evento promovido pelo Secretariado de Administração contou com dinâmicas e reflexões para promover uma comunicação mais empática e fraterna no ambiente de trabalho.

PROVÍNCIA SANTA CRUZ, 26 de setembro – O Secretariado de Administração dentro do Projeto Laudato Si’, promoveu, nesta sexta-feira (26), na Cúria Provincial, o segundo encontro, com o tema: Comunicação Não-Violenta [CNV] e partilha do III Encontro Nacional da Economia de Francisco e Clara para colaboradores do Centro Administrativo da Província Santa Cruz, assistentes sociais e psicólogos do Colégio Santo Antônio.

A atividade foi aberta por Frei Alexsandro Rufino, ecônomo provincial, que deu as boas-vindas aos participantes e delineou o esquema do encontro. A facilitação ficou a cargo de Paulo Gustavo Dias [CSA], que guiou os presentes pelos temas centrais da CNV.

A oficina foi dividida em três momentos principais. O primeiro, intitulado “Doar e cuidar da vida”, utilizou uma dinâmica com balões ao som da música “O que é o que é”, de Gonzaguinha, para reflexão sobre como a sociedade afeta os indivíduos e como a intolerância e a impaciência são marcas da atualidade. A CNV foi apresentada como uma ferramenta para reagir a essas situações, inspirada no exemplo de diálogo entre São Francisco de Assis e o Sultão.

No módulo “Como anda minha comunicação?”, dedicou-se à exposição dos fundamentos da Comunicação Não-Violenta (CNV). Discutiu-se a linhagem filosófica do método, que remonta a líderes como Gandhi e Martin Luther King, e sua posterior sistematização teórica e prática por Marshall Rosenberg. O facilitador destacou a importância de evitar julgamentos, rótulos e críticas, promovendo a empatia e a escuta ativa. Foi ressaltado que o conflito em si não é um problema, mas a forma não resolvida de lidar com ele, que deve ser comunitária e não personalista.

Paulo Gustavo também listou os tipos de violência – física, moral, patrimonial e psicológica – que geram pequenas violências cotidianas. Como antídotos, foram propostas estratégias como respeito, atenção, empatia e escuta ativa. A reflexão incluiu a necessidade de reconhecer a própria comunicação violenta, muitas vezes repetida por defesa ou sem reflexão, e a importância de espaços para expressar sentimentos e vulnerabilidades, fundamentais para a “alfabetização emocional”.

O terceiro momento consistiu em um trabalho em grupo para a confecção de bandeiras, com o objetivo de criar um ambiente seguro e identificar valores comuns. Os grupos destacaram elementos essenciais para uma comunicação saudável:

1- Grupo Azul: escutar, ver, ouvir, falar.

2- Grupo Vermelho: amor, ouvir mais, falar menos, colaboração.

3- Grupo Branco: escutar, união, com o lema “nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos”.

4- Grupo Amarelo: tom agradável, ambiente de paz, ouvir.

Para finalizar o evento, a assistente social Luana Calixto compartilhou sua experiência no III Encontro Nacional da Economia de Francisco e Clara, realizado em Recife entre 11 e 14 de setembro. Ela trouxe como mensagem central a afirmação de que “a economia pode ser justa para todas as vidas já!”, acrescentando que “ninguém se engane, só se consegue simplicidade com muito trabalho”.

A oficina reforçou a importância da comunicação como ferramenta de construção de um ambiente de trabalho mais colaborativo e respeitoso.

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