Protetor da Terceira Ordem Franciscana, (1215 a 1270), canonizado por Bonifácio VIII, (11/08/1297).
Nascido a 25 de abril de 1215, o futuro rei da França recebeu uma rígida educação por parte da mãe, Branca de Castela, que dessa forma pretendia encaminhá-lo para a santidade. Começou a reinar com 11 anos, em 1226. Casado com Margarida da Provença, o jovem rei impunha-se diariamente exercícios de piedade e penitência, no meio do mundanismo de uma corte elegante e pomposa. Viveu no Palácio Real com a austeridade de vida do mosteiro mais rígido, e fez de todo o país o campo de uma inesgotável caridade. Quando o apodavam de excessivamente pródigo com os pobres respondia, “prefiro que o excesso de despesas de que sou taxado seja de esmolas dadas aos pobres, por amor de Deus, do que de luxo, vaidade e ostentação mundana”.
Amante da simplicidade e zeloso pela justiça, a todos ouvia debaixo do célebre carvalho no bosque de Vincennes, onde emitia as suas sentenças, justas e arenas, para bem do reino. Disse uma vez ao seu primogênito e herdeiro do trono: “preferiria que viesse um escocês ou outro estrangeiro a governar bem este reino, com justiça e lealdade, do que seres tu, meu filho, a governá-lo mal”.
Um sonho que acalentou durante toda a vida foi o de libertar a Terra Santa do poder dos turcos. Mas uma primeira cruzada por ele promovida redundou em fracasso: o exército cristão foi derrotado pelas armas e dizimado pela peste, e o rei foi feito prisioneiro. Tal foi o resultado lastimável da expedição. Mas as virtudes do rei cativo impressionaram de tal forma os muçulmanos que o alcunharam de “sultão justo”.
Numa segunda e também desafortunada expedição ao Oriente, veio mesmo a morrer vitimado pelo Tifo, em 1270. Antes de expirar, mandou dizer ao Sultão de Tunes: “estou decidido a passar toda a vida como prisioneiro dos saracenos, sem jamais ver a luz, se tu e o teu povo se fizerem cristãos”.
Os Terceiros Franciscanos festejam-no hoje como seu padroeiro. Aprove a Deus que fosse um Terceiro Franciscano o encarregado de exercer a caridade em terras de França. A história recorda-o como um soberano cheio de sabedoria divina, aliada a notável prudência e energia humana. Pôs em prática todas as obras de misericórdia convencionais. Traduziu a fé cristã em atitudes concretas, mas não só na sua pessoal maneira de viver, mas também no modo de governar, segundo os desejos de Deus e os preceitos da religião. Morreu com 55 anos de idade. A 25 de agosto de 1270, o seu corpo foi levado para a França e repousa na igreja de S. Diniz.
Fonte: Santos Franciscanos para cada dia (Frei Giuliano Ferrini, ofm / Frei Josè Guillermo Ramirez, ofm)