É assim a vocação do catequista. “Missão que Deus nos dá”. Deus quer que façamos novos discípulos.
Carminha Amaral
A vocação é um chamado do Senhor, é Deus quem chama e envia. Quando Deus chama, não precisamos ter medo, porque a iniciativa é toda d’Ele. A nossa parte é dizer “SIM” e nos colocar inteiramente à disposição d’Aquele que nos chama.
Acredito que, se eu perguntasse para um (a) catequista o que é vocação, sem dúvida, ele (a) me responderia que vocação é um chamado de Deus para amar. Um amor que se manifesta, no ser, no saber e no saber fazer de catequista. E é isso mesmo!
Podemos afirmar também que:
A vocação de ser catequista nasceu no CORAÇÃO de DEUS. Ele conta com seus (suas) filhos (as) batizados (as) para continuar sua MISSÃO.
A vocação de ser catequista vem para germinar e gerar frutos, e os frutos gerados seguem dando novos frutos.
O Papa Francisco tem enfatizado a importância da vocação do catequista na Igreja, reconhecendo o seu papel fundamental na evangelização e na transmissão da fé. Ele destaca a necessidade de os catequistas serem verdadeiras testemunhas do Evangelho, vivendo de acordo com os ensinamentos de Cristo e sendo exemplo para os outros. O Papa também incentiva os catequistas a se envolverem ativamente na vida da comunidade, buscando sempre a formação contínua e o aprofundamento da sua fé. Ele reconhece o trabalho árduo e muitas vezes discreto dos catequistas, valorizando a sua contribuição para o crescimento espiritual da Igreja e os encoraja a serem instrumentos de misericórdia e acolhimento, levando a mensagem de amor e esperança a todos aqueles que encontrarem em seu caminho.
O catequista não nasce pronto! A vocação de catequista exige caminhada, itinerário de fé e formação adequada para que tenha condições de assumir sua missão, sabendo responder, com clareza e convicção, a seu chamado.
Citando a Neuza Silveira1, “a vocação de ser catequista nos leva a revelar a beleza da experiência da vida e da fé, educando a fé como uma arte; buscando toda fonte desta beleza que é Jesus Cristo: o amor revelado pelo Pai; tendo no anúncio querigmático a beleza da Palavra; comunicando esta Palavra ‘para que todos possam experimentar a Deus na pessoa do Verbo Encarnado”.
Nessa perspectiva, ser catequista é se tornar um evangelizador, um missionário, capaz de levar as pessoas a um verdadeiro encontro com o Cristo, aprofundando a vida cristã e a fé, despertando no outro a maravilha, a admiração e a atração para
Deus. Portanto, é uma missão que exige dedicação, estudo contínuo e muita oração.
Ser catequista é, sem dúvidas, um grande desafio! Entretanto, quando se acolhe o chamado do Senhor, o sentimento que aflora é de animação, de entusiasmo no aprofundamento da fé, no amor tornando-se autênticas testemunhas do Cristo Ressuscitado.
Por tudo isso, afirmo-lhes: vale muito a pena aceitar o chamado!
Assim, deixo aqui um especial convite: venha ser catequista! Venha fazer esta caminhada junto com o Cristo!
1 Neuza Silveira de Souza possui graduação em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (2006) e graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Viçosa (1986). Atualmente trabalha com formação de lideranças pastorais para a Arquidiocese de BH e bíblico-teológico para catequistas e leigos. Membro do grupo da Associação Biblistas Mineiros, entre outros.