“Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.”
(Gênesis 2:24)
Silvia Felipe
No mês das vocações, todos somos convidados a refletir sobre a diversidade dos chamados que Deus nos faz.
A vocação familiar é um chamado profundo que muitos de nós sentimos ao longo da vida. É uma responsabilidade e um privilégio que exige dedicação, amor e compromisso constante. Receber esse chamado é uma honra e uma missão que tento exercer com muito louvor, reconhecendo a importância de cada gesto no fortalecimento dos laços familiares.
A família é o núcleo onde se constroem valores, se aprendem lições de vida e se partilham momentos únicos. Dentro desse sagrado espaço, cada membro desempenha seu papel fundamental no cuidado e no crescimento mútuo. Minha vocação me inspira a ser pilar, exemplo de amor incondicional e um guia nas adversidades. Reconheço que não é apenas uma responsabilidade, mas também uma fonte imensa de alegria e realização pessoal. Cada desafio enfrentado e cada vitória celebrada reforçam minha determinação em ser presença positiva e construtiva na vida da minha família. É com esse espírito que aceito e abraço esse chamado, com gratidão e compromisso, sempre buscando fazer o meu melhor por aqueles que fazem parte desse círculo tão especial.
Dentre tantas responsabilidades, a que mais destaco é a de evangelizar os filhos, para que eles entendam a importância de colocar Deus como Centro de suas vidas e decisões, vivenciando, assim, os sentimentos mais nobres, como o amor, a solidariedade, a gratidão, a fé e a compaixão com a realidade do próximo.
Quando se fala em família, a Igreja toma como modelo a Sagrada Família de Nazaré, pois nela identifica características importantes que ajudam as famílias a assumirem a sua vocação com compromisso e fidelidade. Em suas encíclicas e documentos, o Papa Francisco frequentemente destaca a necessidade de cuidar e zelar pelas famílias, proporcionando-lhes o suporte necessário para enfrentar os desafios contemporâneos. Ele nos lembra que a santidade se vive no cotidiano, nos gestos simples de amor, primeiramente dentro de nossas casas.
Os filhos, por sua vez, são convidados a respeitar, honrar e se espelhar nas atitudes e ensinamentos apresentados por seus pais.
Desejo que, durante este mês das vocações, cada um de nós possa, refletindo sobre ele, renovar o compromisso assumido com essa linda vocação familiar. Que nossos Lares sejam os primeiros lugares de oração, amor e partilha. Que cada família possa ser o reflexo do amor de Cristo.
E que Nossa Senhora Aparecida, modelo de mãe e esposa, interceda por todas as nossas famílias, fortalecendo-as em sua missão e guiando-as no caminho proposto por Deus. E que juntos possamos construir uma sociedade que priorize a justiça e o cuidado uns com os outros, fundamentados nos valores do Santo Evangelho.
“Como é feliz quem teme o Senhor, quem anda em seus caminhos! Você comerá do fruto do seu trabalho e será feliz e próspero. Sua mulher será como videira frutífera em sua casa; seus filhos serão como brotos de oliveira ao redor da sua mesa. Assim será abençoado o homem que teme o Senhor!” (Salmos 128:1-4)