Caminhos do JPIC no Brasil, foi o tema utilizado para nortear o 3° dia da jornada interinstitucional de estudos franciscanos.
Frei Danilo Nunes Soares, OFM
Caminhos do JPIC no Brasil, foi o tema utilizado para nortear o 3° dia da jornada interinstitucional de estudos franciscanos. No período matutino, o assessor Frei Marx Rodrigues dos Reis, OFM – Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, acentuou o valor do lugar de fala de cada indivíduo. Nesta perspectiva, realizou-se um momento de partilha entre os frades, em que verificou uma pluralidade cultural, proveniente das diferentes realidades – campesinas, grandes centros urbanos, periferias, cidades do interior, sertão nordestino, etc. Esta singularidade na história pessoal de cada frade contribui no desenvolvimento de projetos e ações da OFM.
Segundo Frei Marx, compreende-se que o querer de Deus está na fertilidade da vida. O ser humano é a grande semelhança deste grande querer. É importante compreender que ir contra a criação, é ir contra a humanidade, contra o próprio Criador.
A Regra e a vida dos frades menores consiste em observar o Evangelho. O JPIC deve ser entendido como uma maneira de viver o Evangelho – núcleo duro do ser frade, ou seja, o JPIC é parte do carisma e da espiritualidade franciscana.
Por conseguinte, realizou-se reflexões aplicadas ao concreto da vida e pautadas nas parábolas do semeador, do cego Bartimeu e da pecadora perdoada. Concluiu-se, que é necessário enxergar o Evangelho como algo concreto, que nos aproxima do outro, presente nas diversas realidades.
No período vespertino, Frei Jhonatan Luiz, OFM – Província Santa Cruz, disse que todos são convidados a enxergar em sua realidade – fraternidade local, regional, provincial, de conferência e da Ordem – maneiras de contribuir e viver o JPIC. Em seguida, realizou-se um panorama sobre o serviço do Animador de JPIC, em que identificou-se a estrutura, a missão e funcionamento do JPIC na OFM, e especialmente na realidade latino-americana e das entidades presentes.
Como vivemos o JPIC em nossas realidades? É primordial que o JPIC seja vivido no âmbito pessoal e institucional, o que requer de todos opções mais concretas. Após discussões em grupo, salientou-se que o nascimento de projetos brotam de necessidades específicas e de condições reais. Assim sendo, todo frade menor deve assumir uma atenta escuta aos clamores da terra e do povo.
Frei Jhonatan Luiz, falou sobre a Filosofia Ubuntu para valorizar e dizer sobre consciência do coletivo: “Eu sou porque sou em comunidade. Eu sou porque sou na fraternidade em que trabalho e vivo. Isso nos diz sobre o que é o trabalho do JPIC.”