O Conselho Indigenista Missionário, neste dia 19, se mostra muito preocupado com a continuidade da escalada de violência contra os povos indígenas
Ascom – CIMI Leste
Hoje sexta feira, 19 de abril de 2024, comemoramos o DIA DE LUTA DOS POVOS INDÍGENAS NO BRASIL, esta data vem sendo celebrada com bastante resistência de lutas dos povos originários. Antes de 2022, o dia era chamado de “dia do índio”, após muitas reivindicações em 08 julho de 2022, foi aprovada a Lei 14.402, que afirma no seu “Art. 1º – Esta Lei institui o dia 19 de abril como o Dia dos Povos Indígenas e revoga o Decreto-Lei nº 5.540, de 2 de junho de 1943”.
Aqui nas nossas páginas socializamos dois vídeos com a participação do coordenador regional do Conselho Indigenista Missionário- Regional Leste, Haroldo Heleno. No primeiro em uma live realizada pelo Coletivo Alvorada, com a participação do Cacique Arapoanã, do povo Xukuru-Kariri, do município de Brumadinho, são abordados diversos temas referentes a luta, desafios e demandas dos povos indígenas em Minas Gerais e no Brasil. No segundo uma entrevista de Heleno, a TV da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, no programa “Mundo Político”, onde temas como a Lei 14.701 (conhecida como a Lei do extermínio dos Povos Indígenas), Marco Temporal, situação do povo Yanomami, postura do atual governo frente as demandas dos povos indígenas, Anistia coletiva dos Povos Krenak e Guarani e Kaiowã, são refletidas com bastante profundidade.
O Conselho Indigenista Missionário, neste dia 19, se mostra muito preocupado com a continuidade da escalada de violência contra os povos indígenas, o presidente da Entidade o Cardeal Dom Leonardo Steiner, em entrevista coletiva no último dia 16 de abril, afirmou que “Os povos indígenas não são levados em consideração pelo Congresso Nacional”.
Com relação aos povos indígenas, o cardeal destacou sua sensibilidade religiosa e fraterna como uma das suas grandes contribuições à Igreja. O espírito de pertença dos povos indígenas, “nos faz muito bem, nos ajuda, nos sentimos pertencentes à Igreja”, enfatizou. Um ensinamento dos povos indígenas que ele destacou em relação à casa comum, o respeito e cuidado que tem em relação à natureza.
O presidente do CIMI denunciou que “não têm sido valorizados na sociedade brasileira, não são levados em consideração pelo Congresso Nacional”. Ele ressaltou o trabalho do CIMI para que os povos indígenas sejam valorizados, “porque eles fazem parte da nossa sociedade, e tem muito a nos ensinar, também como Igreja”, relatando experiências belíssimas de como ir resgatando a cultura indígena, demandando paciência para “escutar e ter a sensibilidade de perceber onde que está a profundidade da religiosidade ou das relações e não ficarmos com nosso olhar ocidental”, e saber ouvir, seguindo o pedido do Papa Francisco.
Clique no link e assista a entrevista:
19 de abril: Direitos indígenas sob ameaça – Assembleia Legislativa de Minas Gerais (almg.gov.br)
Foto gratuita PEXEL