Roda de Conversa do Projeto Tenório MP reúne alunas, Ministério Público e Educafro Minas em um diálogo sobre inclusão, representatividade e oportunidades na carreira jurídica.
Feliciano José Kissua
A Roda de Conversa do Projeto Tenório MP reuniu alunas, membros do Ministério Público, Parceiro como a Educafro Minas e representantes da Escola Superior do MP em um diálogo marcado por reflexões sobre representatividade, inclusão e oportunidades na carreira jurídica.
A abertura foi conduzida pela Dra. Nádia, promotora de justiça há 35 anos, que compartilhou aspectos de sua trajetória profissional. Ela destacou que, no início de sua carreira, o debate sobre racialidade não era presente no Ministério Público. Ressaltou ainda um avanço importante: no último concurso do MP, dos 86 aprovados, 22 são pessoas negras.
Em seguida, a Dra. Júlia Barroso, representante da Fundação Escola Superior do MP, reforçou a relevância do Projeto Tenório e a satisfação da instituição em acolher as alunas.
Durante o encontro, as estudantes compartilharam seus depoimentos sobre a experiência no projeto, enfatizando a importância da bolsa de estudos, do acompanhamento psicológico e pedagógico e do acesso à estrutura da Escola Superior do MP.
Uma das alunas relatou sua trajetória acadêmica e as dificuldades enfrentadas em concursos públicos, especialmente pela falta de representatividade no MP. Segundo ela, o projeto renovou suas esperanças e abriu caminhos profissionais antes considerados inacessíveis.
Outra aluna ressaltou que, mesmo com pouca experiência em concursos, o Projeto Tenório foi decisivo para sua evolução nos estudos, possibilitando a compra de livros e fortalecendo sua compreensão sobre questões raciais e pertencimento nos espaços jurídicos.
Uma terceira aluna celebrou sua aprovação para a Defensoria do Ministério Público de Pernambuco, afirmando que o projeto foi determinante para seu desempenho ao permitir maior investimento em sua formação.
As alunas também destacaram a necessidade de ampliar a duração do curso, argumentando que um ano de preparação é insuficiente para competir em igualdade com candidatos que estudam por vários anos.
O encontro foi encerrado pela Dra. Nádia, que agradeceu a presença de todos e enfatizou a parceria com a Educafro Minas, essencial para o fortalecimento do projeto.




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