Dia dos Ministérios Leigos – Dia do Catequista

Dia dos Ministérios Leigos – Dia do Catequista

A vocação de catequista é uma grande bênção. Portanto, sinta-se feliz por Deus nos ter dado essa vocação tão necessária à evangelização.

Marilis Marchezini Pinto

A VOCAÇÃO DOS LEIGOS

A Igreja em relação à Cristo confere-lhe uma atitude esponsal, ou seja, deve-se ser fiel, companheira e amorosa. Este relacionamento deve sempre ser uma busca pela perfeição. Os leigos, enquanto membros do corpo de Cristo, cabeça da Igreja, tenham a missão de evangelizar.

Portanto, a vocação dos leigos é relevante na progressão e no caminhar de toda comunidade de fé. Porém, antes de falar em que se consiste a vocação dos leigos, precisamos compreender o que se entende por “leigo” na Igreja Católica Apostólica Romana. A Lumen Gentium (LG, luz dos povos), De Ecclesia, Constituição Dogmática sobre a Igreja do Concílio Ecumênico Vaticano II, entende “leigos” como: “o conjunto dos fiéis, […] por haverem sido incorporados em Cristo pelo batismo e constituídos em povo de Deus, e por participarem a seu modo do múnus sacerdotal, profético e real de Cristo – realizam na Igreja e no mundo, na parte que lhes compete, a missão de todo o povo cristão” (LG 31).

Desta forma, leigos são todos (as) que, ao receberem o sacramento do Batismo, são instituídos como evangelizadores e propagadores da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo Filho de Deus, e que, portanto, agem sob a ação do Espírito Santo.

Vivendo a sua vocação extramuros dos conventos e seminários, os leigos são convidados a buscar o Reino de Deus vivendo segundo à sua vontade, sendo fermento para a santificação do mundo (cf. LG 31).

A vocação dos leigos, podemos compreender como uma cola que mantém unidas as partes do corpo místico de Cristo, como nos exorta o Apóstolo Paulo em sua Carta aos Romanos. Em consonância com sua vida social, os leigos evangelizam e a semente por eles lançada, produz frutos (cf. Mc 4, 8), sempre em conformidade com a Igreja que lhes orienta. No seu cotidiano, o leigo é missionário da ação salvífica da Igreja. No ato do sacramento do Batismo, em es-pecial na Sagrada Eucaristia, o leigo poderá alimentar e nutrir a fé de todo o povo de Deus (cf. LG 33).

Como os apóstolos, os leigos são testemunhas e servos do projeto de Deus na história. Por sua vocação, o leigo partilha suas experiências de fé com seus familiares, pessoas de seu convívio profissional e social, fortalecendo o Evangelho. Não precisam de atos de extrema grandeza; são gestos simples que permitirão àqueles à sua volta vislumbrar o rosto de Cristo.

Quando o leigo assume posição de servo em alguma pastoral e/ou movimento dentro da comunidade de fé, enquanto catequista, ministro da sagrada comunhão ou ministro da palavra, agindo com diligência; sua missão abrangerá mais crentes, alcançando até os mais afastados. Além disso, “congreguem os leigos os seus esforços para sanar as estruturas e as condições do mundo, se acaso elas incitam ao pecado, de modo que tudo se conforme às normas da justiça e, longe de impedir, favoreça a prática das virtudes” (LG 36), ou seja, que todos, independentemente se consagrado, sacerdote ou leigo, desde que batizado, seja luz e sal da terra para o mundo (cf.Mt 5), criando assim a possibilidade de mudanças e esperança para um mundo melhor e mais fraterno.

A tarefa de ser missionário leigo é árdua, pois vivemos em constantes conflitos externos e internos. Estamos sempre sujeitos a nos entregarmos à renúncia quando somos acuados ou confrontados. Porém, é uma tarefa infinitamente prazerosa e carregada da graça e do amor de Deus. O evangelista Mateus, ao relatar o Sermão da Montanha, declara que felizes sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem […] regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus […]” (Mt 5, 11-12). Viver a  vocação de leigos é ter nas palavras certas a força para mudar o mundo.

A VOCAÇÃO DE CATEQUISTA

A vocação de catequista é uma grande bênção. Portanto, sinta-se feliz por Deus nos ter dado essa vocação tão necessária à evangelização. Como diz o Diretório para a catequese: “[…] o catequista é um guardião da memória de Deus” (DGC, 139).

Ou seja, enquanto houver uma pessoa disposta a educar alguém na fé, nem mesmo o supra-humanismo poderá apagar a memória de Deus da história.

A vocação de catequista é necessária; a Igreja necessita de catequistas, homens e mulheres enamorados de Deus, enxertados na videira que é Cristo, e impulsionados pelo Espírito Santo que anunciam o Evangelho a tempo e a contratempo.

A catequese está no âmbito da missão evangelizadora da Igreja. E hoje, mais do que nunca, precisamos de catequistas que amam sua vocação e a vivem na alegria de ser e formar discípulos missionários de Jesus Cristo.

Pode-se achar difícil viver essa vocação, mas saiba que Deus não pede nada que não tenha dado antes. Não se deve ter medo, nunca se está sozinho (a). Quando se cultiva a intimidade com Cristo, com certeza se tem forças necessária para viver a vocação cristã.

Sabemos que com a mudança de época, a missão de catequista tem se tornado cada vez mais exigente. Por isso, é necessário que se fortifique cada vez mais as sete dimensões da espiritualidade do catequista: – ser fiel ao seguimento de Jesus Cristo para solidificar a dimensão cristocêntrica; acreditar e viver a comunhão a exemplo da Santíssima Trindade para fortalecer a dimensão trinitária; viver intensamente a liturgia para edificar a dimensão litúrgico–sacramental; seguir as instruções da Igreja, que confia e envia em missão para praticar a sinodalidade vivendo a dimensão eclesial; meditar diariamente um trecho da Sagrada Escritura até ser plasmado por ela e viver a dimensão bíblica; inspirar-se em Maria, modelo de seguimento de Jesus Cristo, para crescer na dimensão mariana; praticar diariamente a solidariedade para ser testemunha da dimensão solidária.

Vivendo essas dimensões, chega-se à meta a qual todo cristão é chamado a viver: “até que Cristo se forme em vós”.

A constância na oração é indispensável à vocação de catequista, por isso partilho com você esta oração do catequista, composta pela irmã Gabriela Potrich e pela irmã Paulina.

ORAÇÃO DO CATEQUISTA

Concedei-me, Senhor, o dom da sabedoria que provém de vosso Santo Espírito. Dai-me o entendimento de vossa verdade para que eu possa vivê-la e comunicá-la a tantas pessoas que desejam conhecê-la. Iluminai-me com a luz da verdadeira fé para que eu possa transmiti-la aos corações sedentos de autenticidade. Jesus, Mestre Divino, que formastes os apóstolos segundo os princípios de vosso Evangelho, conduzi-me sempre pelos caminhos de vossa verdadeira ciência. Ajudai-me, Senhor, a assumir o compromisso de minha missão de catequista e fazei que eu me torne capaz de orientar muitos outros nos caminhos da verdadeira felicidade. Que eu me deixe envolver profundamente pelo amor do Pai e possa comunicar esse amor aos meus irmãos e irmãs. Amém”.

Desejo a cada um e cada uma um santo e abençoado Dia do Catequista. Um abraço, fique com Deus, abençoada missão.

Em Cristo Mestre, irmã Maria Eliene – irmã Paulina.

Leia outras notícias