Celebra-se no dia 22 de março o Dia Mundial da Água, ocasião propícia para refletir sobre a importância desse elemento no Planeta, chamado por Francisco de Assis como Irmã: “Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, que é mui útil e humilde e preciosa e casta”.
Em 2023, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs como tema inspirador “acelerando Mudanças – Seja a mudança que você deseja ver no Mundo”, com o objetivo discutir formas de acelerar mudanças para solucionar a crise global da água e saneamento.
A ONU iniciou a campanha de promoção sobre a data convidando as pessoas a repensarem suas atitudes em relação ao uso e consumo de água em casa, na escola, na comunidade, enfim, nas suas vidas, assumindo o compromisso de mudanças nas ações de tratamento da água.
Neste ano, entre os dias 22 e 24 de março a Conferência da ONU sobre Água, em New York. Essa Conferência será uma oportunidade única para unir todo o planeta para solucionar as crises de água e saneamento, com a presença de governantes nacionais e de diferentes setores da sociedade para juntos assumirem compromissos em prol da água.
A Conferência de Água da ONU de 2023 ocorre logo após a COP27 (conferência da ONU sobre as mudanças climáticas) e a COP15 (conferência da ONU sobre diversidade biológica), ambas com importante progresso nas questões da água. Líderes de todo o mundo tentarão aproveitar este momento para dar o tom da ação global para a água de agora até 2030 e além.
No Brasil, podemos recordar a Campanha da Fraternidade de 2024 cujo tema foi Fraternidade e Água, cujo objetivo geral foi: “Conscientizar a sociedade que a água é fonte da vida, uma necessidade de todos os seres vivos e um direito da pessoa humana, e mobilizá-la para que este direito à água com qualidade seja efetivado para as gerações presentes e futuras”.
A encíclica Laudato Si (2025) trata da questão da água entre os números 27 e 31, nos quais se lê: “Enquanto a qualidade da água disponível piora constantemente, em alguns lugares cresce a tendência para se privatizar este recurso escasso, tornando-se uma mercadoria sujeita às leis do mercado. Na realidade, o acesso à água potável e segura é um direito humano essencial, fundamental e universal, porque determina a sobrevivência das pessoas e, portanto, é condição para o exercício dos outros direitos humanos. Este mundo tem uma grave dívida social para com os pobres que não têm acesso à água potável, porque isto é negar-lhes o direito à vida radicado na sua dignidade inalienável (n. 30).
Como humanidade, mais do que nunca, é hora de ações conjuntas com mais responsabilidade para com a água, afinal, toda vida depende dela. Relembre o Hino da Campanha da Fraternidade de 2004, com o tema: “Fraternidade e Água” https://www.youtube.com/watch?v=cfaeCiQ7p2U