A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver.
Frei Bruno Laviola
O dia mundial da saúde foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano de 1948. Porém, essa data é oficialmente comemorada em 7 de abril desde 1950. Ela surge da preocupação em garantir o bom estado de saúde das pessoas e de atentar-se sobre as principais dificuldades que podem atingir a população mundial.
A OMS define saúde como um estado de bem-estar físico, mental e socioambiental. A saúde deve ser vista como um recurso para a vida, e não como objetivo de viver.
Neste ano, o tema do Dia Mundial da Saúde é “Nosso planeta nossa saúde”. Esse tema nos leva a refletirmos os momentos vividos na pandemia da Covid-19, além das questões políticas e sociais, em nosso país e no mundo, que afetam a saúde integral.
Diante deste contexto, seríamos capazes de repensar o mundo onde ar limpo, água, saneamento básico e alimentação estejam disponíveis para todos? Onde políticas e economias estejam focadas na saúde e no bem-estar integral?
O Papa Francisco em sua encíclica Laudato si’ faz um apelo ao cuidado universal, e aponta que o consumismo e o desenvolvimento irresponsável levam a consequências graves que afetam a saúde em sua forma integral. O Papa faz um apelo para que essa forma de “não vida” seja combatida.
Dentro de cada um dos níveis sociais e entre eles, desenvolvem-se as instituições que regulam as relações humanas. Tudo o que as danifica comporta efeitos nocivos, como a perda da liberdade, a injustiça e a violência. Vários países são governados por um sistema institucional precário, à custa do sofrimento do povo e para benefício daqueles que lucram com este estado de coisas. (Laudato’Si 142)
Celebrar o Dia Mundial da Saúde faz-nos parar para refletir sobre a relação entre saúde, economia, meio ambiente e políticas públicas. A interligação desses fatores permite-nos compreender a saúde em sua forma integral.