Experiência Amazônica – 9 a 12 de maio 2024

Experiência Amazônica –  9 a 12 de maio 2024

A Grande viagem, assim podem ser definidos os dias 09 a 12 de maio da Experiência Amazônia.

Frei Jhonatan de Jesus Luiz, ofm

A Grande viagem, assim podem ser definidos os dias 09 a 12 de maio da Experiência Amazônia. Os frades que estão fazendo a Experiência Amazônia deixam Santarém no dia 09 com destino à Missão São Francisco e logo na saída já tiveram que esperar 2 horas pela bolsa que estava com o motor elétrico estragado. Os frades viram tudo o trabalho dos mecânicos que insistiam em fazer com que o motor voltasse a funcionar, mas depois de duas horas tentando eles desistiram e a bolsa seguiu viagem sem o motor elétrico mesmo. Para quem não conhece isso significa que iriamos viajar 7 horas até Itaituba sem ar condicionado, sem água gelada e sem água para usar o banheiro. E assim foram os frades no primeiro dia de viagem.

Os frades chegaram a Itaituba às 19 horas da noite cansados, suados e doloridos, mas felizes por terem concluído a primeira etapa da viagem até a Missão São Francisco. Em Itaituba eles tomaram um banho, degustaram um maravilhoso jantar e descansaram, na manhã do dia 10 se dirigiram a rodoviária da cidade onde tomaram o Buburé em direção a cidade de Jacareacanga. E novamente os frades puderam desfrutar de uma longa viagem pela rodovia Transamazônica. A viagem em si durou 19 horas, mas os frades não viram a hora passar, no caminho dormiram, aprenderam algumas palavras em Munduruku com os companheiros de viagem e ainda tiveram a oportunidade de ser picados por uns carapanãs no percurso, frei Suelton mesmo foi alvo certo desses insetos típicos da região amazônica. Logo que chegaram em Jacareacanga os freis foram logo alongar o corpo, tomar um banho e depois disso jantar e descansar. Mas antes do descanso frei Sebastian advertiu os irmãos que aproveitaram a noite para descansar, porque a viagem do dia seguinte era longa e cansativa.

Na manhã do dia 11, depois de uma bela noite de sono, já renovadas as energias os frades tomaram um café na pousada onde ficaram hospedados e seguiram para o porto de Jacareacanga onde preparam a voadeira com sua poucas bagagens e alguns insumos para a viagem e seguiram sobre o comando do piloto Sr. Para em direção a Missão. Na cabeça dos frades essa última parte da viagem duraria apenas 9 horas e como sairam as 8:30 imaginaram cheirar na missão por volta das 17:30 da tarde. Mal sabia eles que nesse horário estariam entrando no rio Cururu.

Durante a viagem os frades puderem observar uma mata linda, pássaros antes vistos somente na televisão, botos nadando ao lado do barco e peixes que em saltos formidáveis acabaram caindo dentro do barco. Por volta das 12 horas, o Sr. Para parou em uma das margens do rio Tapajós para que os frades pudessem almoçar. O lugar escolhido por nosso piloto era de uma beleza singular. Como estamos no período da seca perto de onde paramos havia uma praia com uma vista linda do grandioso Rio Tapajós. Terminado o almoço embarcamos a fim de prosseguir nossa viagem. Nesse embarque os frades ficaram sabendo que não seriam somente 9 horas de viagem. Quando questionaram o piloto sobre o horário de chegada eles disseram que se tudo correr bem chegamos por volta das 20:30 ou 21 horas. O que fez com que os frades percebessem que o tempo médio de viagem era de 12 horas. Mas mesmo assim nossos missionários não perderam o ânimo. Embarcaram e disseram ao piloto “taca-lé pau”. Essa é uma expressão típica de algum dos estados do Brasil, não sei bem qual, é quer dizer “vamos embora”.

Animados que só eles, avistaram poucas horas depois uma correnteza muito forte a frente. Questionaram então o Sr. Para sobre o que era e o porque estava acontecendo e o mesmo disse que aqui é conhecido como “cachoeira” e que pode derrubar um navegante inexperiente. Foi depois desse explicação que a maioria dos frades vestiram seus coletes e se preparam. Mas felizmente nosso piloto é um experiente marinheiro e passou por por duas das três cachoeiras sem nenhum problema. Mas mesmo com toda a experiência do sr. Para acabarmos batendo uma uma pedra e quebrou a hélice do motor de poupa, mas rapidamente encontramos em uma praia, e enquanto os frades se deliciavam molhando os pés, o Sr. Para trocou a hélice e logo seguimos viagem.

Depois de mais três ou quatros horas, não sei bem dizer, chegamos ao rio Cururu, o que significa que teríamos, mais 4 ou 5 horas de viagem até nossa destino final. Mesmo depois de 12 horas de viagem na voadeira, os frades não perderam o ânimo e seguiram se encantando com as belezas do Rio Cururu. Subindo esse rio os frades viram Araras, peixes, jacarés e outras espécies que não sabemos nomear.

O sr. Para, experiente nesse percurso pegou alguns atalhos em rios menores para adiantar a viagem, mas por conta da época do ano alguns desses estão com pouca água e o tráfego fica difícil até para a voadeira. Em desse pequenos rios tivemos que descer e empurrar a embarcação para que pudéssemos continuar, foi nessa ocasião que frei João Paulo e frei Gabriel mostraram suas habilidades. Logo que nosso piloto anunciou a necessidade, esses nossos confrades saltaram do barco e pronto desempenharam a função. Claro que não com a mesma eficiência e habilidades do Sr. Para, o que acarretou algumas batidas e sustos, mas no geral cumpriram a tarefa dada. É importante destacar aqui frei Elbio e frei Luiz, que não tão prontamente como os nossos frades supracitados, deram sua contribuição para que nossa expedição chegasse ao seu destino final.

A noite caiu e por medo de outros rios estarem com pouca água, Sr. Para preferiu seguir o curso do rio Cururu até a Missão. Durante a noite, tendo já percorrido quase 13 horas de viagem, os frades já manifestam um cansaço físico por conta da longa viagem.

Mas frei Suelton ainda cheio de ardor missionário anima a todos na embarcação cantando e convidando os irmãos a se alegrar, afinal já devemos estar chegando. E de fato nosso irmão estava certo! Às 22 horas, depois de 14 horas de viagem, os frades chegam à Missão São Francisco do Rio Cururu. Chegando a casa foram calorosamente recepcionados por frei Sebastian e por frei Diogo, tomaram um merecido banho, jantaram e depois de armar a rede descansaram.

No dia 12 logo pela manhã participaram da missa às 7 horas da manhã com a comunidade e foram calorosamente recepcionados pelas comunidade da Missão São Francisco. Depois da missa tomaram um delicioso café da manhã. Frei Suelton e frei Márcio se encarregaram de preparar o almoço, frei Diego, frei João Paulo, frei Gabriel, frei Cleiton e frei Jhonatan foram fazer visita aos doentes e conhecer um pouco da comunidade.

Frei Sebastian e frei Elbio foram à celebração do dias das mães e os demais se dedicaram a lavar roupa, tomar banho e descansar mais um pouco. Na hora do almoço todos se reuniram para o almoço preparado por nossos irmãos. A tarde foi dedicada ao descanso e ao passeio pela comunidade.

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